Brasília, 18 de junho de 2024 – O Ministério da Fazenda está com fome de dinheiro grande e quer atrair os tubarões dos fundos de pensão e investimentos para o mercado imobiliário.
Mas tem um tubarão faminto que está atrapalhando os planos: a taxa básica de juros, a Selic, que está em 10,50% ao ano e comendo os lucros dos investidores.
“Precisamos de taxas de juros mais condizentes com a realidade do país para que os tubarões voltem a investir no mercado imobiliário”, bradou o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, em um evento em Brasília.
Mello quer usar a Empresa Gestora de Ativos (Emgea) para criar um mercado secundário de crédito imobiliário onde os bancos possam vender suas carteiras de recebíveis.
A ideia é que a Emgea converta a taxa de juros desses recebíveis para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é mais atrativo para os tubarões.
“Assim que tivermos taxas de juros mais baixas, poderemos dinamizar o mercado e depender menos da poupança, atraindo os tubarões para o mercado imobiliário”, disse Mello.
Mas será que a Selic vai cair? Ou os tubarões vão continuar com fome? Só o tempo dirá.